quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Texto 1

Porque a monocultura é um problema?
(Natan Dias e Heverton Cruz)





É difícil acreditar que em um país de tão larga dimensão vem sofrendo com questão da monocultura, e o pior, este problema não é de agora, a monocultura está presente na história de nosso país. Se voltarmos um pouco veremos que o Brasil viveu vários ciclos ao longo de sua caminhada. Em cada um desses ciclos um setor foi mais privilegiado do que outro. Trouxe mudanças culturais, econômicas, políticas... Para a sociedade brasileira.
Alguns exemplos disso foram a cana-de-açúcar no período colonial, depois de certo tempo o café, a soja, e alguns outros com o passar dos anos. Esses produtos tiveram destaques para a economia brasileira e daí a importância para a sua plantação.
A prática do monocultivo na agricultura, ou seja, ter apenas um único tipo de espécie de planta em uma imensa área de terra é por si só, mortal. Pois representa a destruição das demais formas de vida, afetando ao clima, as plantas, os animais, o solo, e principalmente o ser humano. A monocultura pode até trazer benefícios para a economia, mas, traz por baixo das mangas uma série de problemas ambientais e sociais.
O solo, por exemplo, se torna empobrecido quando há a retirada da planta através da colheita, interrompendo desta maneira o processo natural de reciclagem dos nutrientes.
Outro efeito negativo é a plantação de eucalipto em grandes áreas. O eucalipto é também conhecido como “deserto verde”, nome denominado, pois ao seu redor não nasce nada, formando assim a retirada de animais desses locais, causando então um desequilíbrio no ecossistema. O eucalipto precisa de 30 litros de água por dia para crescer. Isso gera outro desequilíbrio, o hídrico, na natureza.
No Espírito Santo, a plantação de eucalipto trouxe diversos malefícios, pois vários agricultores destruíram a Mata Atlântica para a plantação da planta, e o resultado foi o desaparecimento de centenas de variedades vegetais e de animais do meio.
“Recentemente o presidente Luiz Inácio, assinou um acordo de cooperação bilateral para pesquisas e desenvolvimento de combustíveis produzidos com matéria orgânica, ou seja, os biocombustíveis. Tendo como a matéria principal a cana-de-açúcar”.
“O maior temor é que o interesse internacional pelo biocombustível seja tão grande que a cana-de-açúcar se torne uma cultura predominante de extensão ainda maior do que a da soja, que é responsável por 44% de toda área cultivada do país. A produção de óleo em larga escala também exigirá o cultivo de enormes extensões, e cada produtor tende a escolher uma única planta, para facilitar e baratear o plantio”.
Como podemos observar o governo com a ajuda de empresas incentivam a monocultura em nosso país, e não uma agricultura diferenciada e familiar.
Certamente voltaremos aos nossos tempos primórdios, de 500 anos atrás, onde tempo passou e o que mudou não foi absolutamente nada, e talvez demore a mudar.

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